segunda-feira, 8 de abril de 2013

Casa de Vidro - Lina Bo Bardi. ABERTA PARA EXPOSIÇÃO.

Lina Bo Bardi é um paradigma da arquitetura moderna brasileira. Italiana de origem, chegou a São Paulo nos anos 40 junto ao seu marido Pietro Maria Bardi. O casal não deixou mais o país. Em 1951, Lina se naturaliza brasileira, ano que coincide com a inauguração da sua primeira obra construída, nada menos que a Casa de Vidro, localizada no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Inicialmente idealizada como residência do casal e sede do Instituto de Arte Contemporânea, a Casa de Vidro foi a primeira residência do bairro, até então dominado pela Mata Atlântica, quando a expansão da cidade começava a ocupar a outra margem do rio Pinheiros.


Uma das primeiras intenções de Lina foi conservar o perfil natural do terreno, muito inclinado, o que influiu para que a frente da casa fosse construída sobre pilotis, mas sem deixar de fazer referência a um dos cinco pontos da arquitetura propostos por Le Corbusier. A parte de trás da residência ficou, por conseguinte, apoiada em muros de concreto diretamente sobre o terreno. Esse aspecto maciço da porção posterior se contrapõe com a leveza da porção sul e sua fachada principal, criando um rico diálogo entre transparência e opacidade, natureza e construção, interior e exterior, que trás novamente à mente os exemplos das primeiras casas corbusierianas.


A estrutura vertical se compõe por esbeltos tubos de aço, dispostos em um modulação de quatro módulos de largura por cinco de profundidade. Formam o pilotis da residência e avançam pela laje do piso superior até alcançarem a laje de coberta, ambas de concreto armado. A casa se vê, assim, como uma caixa transparente flutuante em meio da natureza. De modo a tirar o máximo de proveito da privilegiada vista que se despega para a cidade, a casa foi projetada com o mínimo de proteção, de tal modo que as grandes janelas não possuem guarda-corpo. Assim, ao mesmo tempo que a casa atua como um refúgio, proporciona uma vida em constante contato com a natureza e contemplação da paisagem. O casal Bardi pretendia, com isso, desfrutar dos nasceres e pores-do-sol, das chuvas e tempestades, das mudanças naturais.


A casa está dividida em duas porções bem definidas. A primeira representa o salão de estar e jantar, dominada pelas grandes aberturas de vidro. Ocupa toda a largura e os dois primeiros módulos da profundidade da residência. Ao centro desse salão se encontra um pátio, no qual foi mantida uma árvore remanescente da vegetação local. Além de servir como elemento de amenização climática, possibilitando ventilação cruzada nos dias quentes, esse elemento reforça o desejado contato com a natureza, além de, mais uma vez, fazer menção aos mestres modernos, através das casas-pátio de Mies van der Rohe. Uma escada aberta, feita com estrutura de aço e degraus de granito, é o acesso principal ao andar superior da casa. Seu desenho de linhas simples é o único elemento que se sobressai no vazio do pilotis.
A segunda porção é formada pela área dos dormitórios e de serviços, os quais ocupam os três módulos posteriores e configuram a parte maciça e opaca da casa. Os dormitórios são adjacentes ao salão de estar e a área de serviços forma o último módulo, a norte. Conectando essas duas faixas está a cozinha, que junto a outro patio aberto, mais amplo que aquele do salão de estar, conformam a faixa central dessa porção maciça da residência. O patio é mais uma vez um elemento essencial para o conforto da casa, permitindo a ventilação de todos os dormitórios. No primeiro piso, além disso, se encontram as zonas de máquinas e a garagem.


 Em 1987, a Casa de Vidro foi tombada pelo CONDEPHAAT como patrimônio histórico do estado de São Paulo e desde 1995 é sede do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi e abriga parte da coleção de arte adquirida pelo casal ao longo de suas vidas.


Está aberta para visitação desde o dia 04 de abril, e permanecerá até o dia 26 de maio. A exposição foi concebida como uma dupla homenagem à Casa de Vidro e à sua criadora. A diversidade de artistas expondo na mostra é prova do duradouro fascínio que o trabalho de Lina Bo Bardi continua a exercer.

Nesse projeto 100% do piso interno e parte do externo são compostos de pastilhas Vidrotil.


 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Patchwork está com tudo na decoração!

Se o patchwork foi inventado em épocas de crise, usando restos de tecidos costurados uns nos outros para economizar, hoje ele está em alta. Designers famosos e decoradores investem nos retalhos para criar objetos de desejo e móveis. Na sua casa, o patchwork pode dar mais vida e mais personalidade à decoração.



Quanto mais diferentes os retalhos, mais moderna fica a peça.

DICA: Patchwork combina com outras estampas?
É preciso tomar cuidado, já que a técnica mistura cores e desenhos. O ideal é que ele seja único, mas composições ousadas são bem vindas.



Costurar dezenas de pedacinhos leva tempo e requer paciência e dedicação. É isso que torna as peças tão bonitas e especiais. De roupas de cama e estofados de móveis a enfeites para toda a casa, o patchwork revitaliza aquele cantinho que estava esquecido.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Impermeabilize bem e livre-se das infiltrações.

Calcular o custo do descuido na impermeabilização é simples: se feita preventivamente, ela equivale a 2% do valor total da construção. Consertar o problema com a obra pronta sobe esse índice para 15%. Além das infiltrações, a falta de proteção contra umidade gera uma das dores de cabeça domésticas mais comuns: mais da metade dos problemas com pintura surge por causa da impermeabilização irregular. Outro ponto crítico reside na troca de revestimentos, o processo costuma agredir a impermeabilização antiga, antes de colocar o acabamento faça uma nova.
Encontrar a solução completa no quesito impermeabilização para as diferentes etapas da construção é a saída certa para ter proteção e economia. Versões mais simples, como aditivos, são mais baratas e adequadas para fundações. Já as poliméricas, mais caras, protegem acabamentos e são de aplicação fácil. As mantas, instaladas a quente ou a frio, cobrem áreas maiores, expostas a intempéries.


O boxe é o maior culpado por infiltrações domésticas. Em casas, o problema torna-se visível, normalmente, no rodapé do cômodo vizinho. Em apartamentos, no andar de baixo. A solução passa pela proteção de toda a área, com cimento ou argamassa poliméricos também nas paredes, até uma altura média de 1,50m. Aplica-se o produto em três ou quatro demãos cruzadas, cada hora num sentido. Além disso, cuide da dispersão do vapor, ele invade outros ambientes, por isso garanta a boa circulação de ar no espaço. Dentro do ralo, recorra a uma tela estruturante entre as camadas de impermeabilizante. Ela deve descer cerca de 30cm para garantir o isolamento. No vaso sanitário, atente à vedação na entrada de água e na saída de esgoto.


Ambientes internos aceitam soluções leves (como argamassas), pois não sofrem com contrações e dilatações da exposição ao clima.






 Na cozinha, o ponto que mais requer atenção é a junção entre piso e parede. Se mal instalado, o rejunte não impedirá a água de atravessar o contrapiso. Aqui a saída é aplicar cimento ou argamassa polimérica no solo e subir pela lateral do rodapé até 20 ou 30cm. No frontão da pia (encontro entre a bancada e a parede), ocorrem infiltrações por falta de rejuntamento correto. Produtos de vedação (como silicone líquido ou em pasta) protegem as frestas e evitam a passagem da água. A mesma solução serve para barrar a entrada da chuva em paredes com janelas ou basculantes. Vale lembrar que, do lado de fora, a parede pede impermeabilização até a altura em que a chuva bate - cerca de 1,80m em casas térreas com beiral. Em edifícios, o cuidado precisa ser feito previamente em todas as faces da construção.


Na área de serviço dos apartamentos novos, nem sempre há ralos. É um jeito de dizer que não se deve lavar o espaço com baldes de água. No entanto, como esse é um hábito arraigado, a água que não escoa cria pontos de infiltração. A saída mal colocada da máquina de lavar também dá problema. Dimensionar o cano de forma a impedir vazamentos soluciona a questão. Em imóveis antigos aplique cimento ou argamassa polimérica subindo pela lateral do rodapé por mais 30cm.


Onde proteger?
A regra é impermeabilizar todos os pontos do imóvel em contato com o solo (vigas e fundações, contrapisos, paredes muros de arrimo) ou que estejam expostos à água (paredes externas, varandas, floreiras, jardins de inverno, piscinas, cisternas e lajes). O produto mais adequado e a técnica de aplicação dependem da condição e da quantidade de água a que o local está sujeito (uma piscina carece de mais reforço que uma cozinha, por exemplo). Essas definições cabem a um profissional especializado. É preciso ainda tomar outros cuidados, como dar caimento a ralos e saídas pluviais e prever o número de certos drenos.

FONTE: Revista Arquitetura e Construção.

Mistura Fina

Nos últimos anos, as porcelanas, as cerâmicas e os vidros , nas mais variadas formas e cores, dominaram o mundo das pastilhas. Hoje, não significa que tal liderança tenha acabado, mas as opções encontradas em showrooms e projetos antenados sinalizam que esses materiais já não reinam absolutos. Muitas marcas de revestimentos de madeira e pedra passam a criar mosaicos de parede com o descarte das fábricas. Mais do que exclusivos, esses produtos tem apelo ecológico. Aproveitando a demanda, as peças de inox e as versões que reúnem um ou mais itens também começaram a ganhar espaço, enquanto os modelos de um só material alternam formatos e acabamentos para incrementar sua aparência. A rugosidade e a diferença da altura estimulam as sensações visual e tátil. Diante de tantas alternativas, não basta eleger pela estética. Cuidar da instalação garante a excelência do resultado. Confira algumas opções:


Na parede e no balcão da cozinha americana foi utilizada a pastilha de vidro (ref. HG50) 4,8x4,8 cm, linha Cristal, da marca Colormix.


A parede com mosaico de vidro vermelho de 2x2 cm é o destaque dessa cozinha. As peças são da linha Monocromático (ref. 3940), da Vidrotil.


A linha Pastilha Crystal Metal, da Porto Design, é composta por pastilhas de vidro e metal, e suas cores contemporâneas permitem várias combinações. Na fotos, as pastilhas (ref. PCM01 metal) encantam o ambiente.


Piscina revestida com pastilha cerâmica linha Haiti (ref. 8424) 5x5cm da Atlas.


Pastilha linha Madrepérola (ref. SL101) 1x1 cm da Glass Mosaic.


Cascata com mix de pastilhas cerâmicas, coleção Dijon, da Antigua.


Varanda composta por pastilhas cerâmicas rústicas, da Oficina Brennand. Projeto dos Arquitetos Edward Albiero e Maurício Costa.


Mosaico de porcelanato reproduzindo madeira da Itagrês. Modelo Atlântica Multicolor.


Dicas de instalação: Todos os tipos pedem mão de obra treinada. Nos mosaicos de vidro, adote argamassas específicas - elas servem para assentar e rejuntar. Ao aplicá-las, deixe a área lisa, sem as marcas dos dentes da desempenadeira, que poderão ser vistas nas pastilhas transparentes. Os mosaicos de cerâmica ou de porcalana são as opções mais simples de instalar, devido à sua alta resistência. Na hora de assentar e rejuntar, eles pedem argamassas comuns e a superfície (parede ou piso) deve estar bem nivelada, assim como é exigido nos outros tipos de mosaico. As versões de madeira são fixadas com cola de contato, do tipo PU ou silicone (argamassa pode se soltar com o tempo). Nos mosaicos de inox, siga a seta impressa no filme plástico que vem protegendo as peças (remova-o somente após o fim da colocação). Essa indicação orienta o sentido do acabamento. As espátulas utilizadas para o rejuntamento devem ser de EVA, poisa metálica ocasionará arranhões. As argamassas comuns dão conta de colocar mosaicos de pedras. Alguns modelos já vêm impermeabilizados da fábrica, caso contrário é necessário aplicar hidrofugantes contra a absorção de água e óleo.

FONTE: Revista Arquitetura e Construção.