segunda-feira, 1 de abril de 2013

Impermeabilize bem e livre-se das infiltrações.

Calcular o custo do descuido na impermeabilização é simples: se feita preventivamente, ela equivale a 2% do valor total da construção. Consertar o problema com a obra pronta sobe esse índice para 15%. Além das infiltrações, a falta de proteção contra umidade gera uma das dores de cabeça domésticas mais comuns: mais da metade dos problemas com pintura surge por causa da impermeabilização irregular. Outro ponto crítico reside na troca de revestimentos, o processo costuma agredir a impermeabilização antiga, antes de colocar o acabamento faça uma nova.
Encontrar a solução completa no quesito impermeabilização para as diferentes etapas da construção é a saída certa para ter proteção e economia. Versões mais simples, como aditivos, são mais baratas e adequadas para fundações. Já as poliméricas, mais caras, protegem acabamentos e são de aplicação fácil. As mantas, instaladas a quente ou a frio, cobrem áreas maiores, expostas a intempéries.


O boxe é o maior culpado por infiltrações domésticas. Em casas, o problema torna-se visível, normalmente, no rodapé do cômodo vizinho. Em apartamentos, no andar de baixo. A solução passa pela proteção de toda a área, com cimento ou argamassa poliméricos também nas paredes, até uma altura média de 1,50m. Aplica-se o produto em três ou quatro demãos cruzadas, cada hora num sentido. Além disso, cuide da dispersão do vapor, ele invade outros ambientes, por isso garanta a boa circulação de ar no espaço. Dentro do ralo, recorra a uma tela estruturante entre as camadas de impermeabilizante. Ela deve descer cerca de 30cm para garantir o isolamento. No vaso sanitário, atente à vedação na entrada de água e na saída de esgoto.


Ambientes internos aceitam soluções leves (como argamassas), pois não sofrem com contrações e dilatações da exposição ao clima.






 Na cozinha, o ponto que mais requer atenção é a junção entre piso e parede. Se mal instalado, o rejunte não impedirá a água de atravessar o contrapiso. Aqui a saída é aplicar cimento ou argamassa polimérica no solo e subir pela lateral do rodapé até 20 ou 30cm. No frontão da pia (encontro entre a bancada e a parede), ocorrem infiltrações por falta de rejuntamento correto. Produtos de vedação (como silicone líquido ou em pasta) protegem as frestas e evitam a passagem da água. A mesma solução serve para barrar a entrada da chuva em paredes com janelas ou basculantes. Vale lembrar que, do lado de fora, a parede pede impermeabilização até a altura em que a chuva bate - cerca de 1,80m em casas térreas com beiral. Em edifícios, o cuidado precisa ser feito previamente em todas as faces da construção.


Na área de serviço dos apartamentos novos, nem sempre há ralos. É um jeito de dizer que não se deve lavar o espaço com baldes de água. No entanto, como esse é um hábito arraigado, a água que não escoa cria pontos de infiltração. A saída mal colocada da máquina de lavar também dá problema. Dimensionar o cano de forma a impedir vazamentos soluciona a questão. Em imóveis antigos aplique cimento ou argamassa polimérica subindo pela lateral do rodapé por mais 30cm.


Onde proteger?
A regra é impermeabilizar todos os pontos do imóvel em contato com o solo (vigas e fundações, contrapisos, paredes muros de arrimo) ou que estejam expostos à água (paredes externas, varandas, floreiras, jardins de inverno, piscinas, cisternas e lajes). O produto mais adequado e a técnica de aplicação dependem da condição e da quantidade de água a que o local está sujeito (uma piscina carece de mais reforço que uma cozinha, por exemplo). Essas definições cabem a um profissional especializado. É preciso ainda tomar outros cuidados, como dar caimento a ralos e saídas pluviais e prever o número de certos drenos.

FONTE: Revista Arquitetura e Construção.

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